domingo, 8 de abril de 2012

Atividades Econômicas

A agricultura de subsistência, com destaque para as culturas de feijão, mandioca e milho, é a principal atividade dos quilombolas de Mangal e Barro Vermelho. Desenvolvida com maior intensidade nos meses de dezembro a março, a agricultura é realizada em grande parte na roça comunitária. Nesse espaço, com regras de uso definidas, os membros da comunidade que não dispõem de outras fontes de renda têm o direito de plantar. Além da roça comunitária, alguns também plantam em pequenas porções de terra junto à própria residência.

A criação de animais, ainda que diminuta, também tem sua importância para as comunidades. Do rebanho caprino tira-se o leite e a força motriz. Já as galinhas e os porcos servem, muitas vezes, como alimento nas diversas festas organizadas pela comunidade.


Historicamente a pesca, realizada no rio e nas lagoas formadas na época de seca, sempre foi outra atividade relevante para a comunidade. A partir da década de 1970, com o agravamento das restrições impostas pelos fazendeiros, a pesca teve uma retração grande, mas ainda é praticada pelos comunitários.


A importância da pesca pode ser revelada pela variedade de métodos de pesca, alguns deles com nomes criados pela própria comunidade: anzol, tarrafa, "trio" (fios de arame farpado em que são colocadas iscas), "mergo" (arpão fincado na ponta de uma vara) e arco-e-flecha. De todos os métodos de pesca, somente o arco-e-flecha não é mais utilizado, sendo lembrado apenas como método dos antepassados.  


Outra fonte de renda comum na região era a venda de dias de trabalho dos comunitários para fazendeiros das localidades próximas. Mas esse tipo de contratação diminuiu consideravelmente em razão dos conflitos e da decadência da região, que levou muitos fazendeiros a deixar suas terras                                                 
                                                   Jailton Santos Oliveira

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